Seringueira - ACRE

Seringueira - ACRE

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vida de cão (Costelinha e Eu)


Em Setembro de 2009 estava eu, viajando a trabalho, quando de repente minha mãe liga e diz: – Volte logo filha, estamos com saudade e temos uma surpresa! Dias depois, chegando em casa, vi a “grande surpresa”! Um cachorrinho fedido, comido de pira, chorão e feio pra caramba! POTA QUELS PARIU! E AGORA? – Leva, leva, leva! Não quero essa “coisa” não. Pelo amor de Deus, onde foi que você arrumou isso Rayanne? (minha irmã) – Na rua né!

Meia hora depois eu já tinha arrumado um cantinho pra ele, tirado foto e brincado com o pequeno monstrinho feio que conquistou meu coração à segunda vista. No dia seguinte então: era ração da melhor qualidade, papinha, coleirinha, brinquedinho, vacina e por aí vai! Mas faltava o NOME daquele pequeno ser, que findou virando Costelinha Oliver, mais conhecido como Costelinha...

Por que diabos botar o nome de um cachorro de Costelinha? Bem, qual é a primeira coisa que você observa em alguém quando o vê? Olhos, cabelo, sorriso... No caso daquele cão o que de cara se via eram as costelas à mostra! Ele tava a própria cara da fome! Triste de dar dó. Nem latia muito pra não desmontar de tão seco, e com isso o apelido virou nome: Costelinha! Ridículo, mas que é a cara dele.  Agora imagina quando ele dá aquele saidinha que demora muito, saio eu gritando pela rua: - Costelinha... Costelinha... Já pra casa Costelinha! kkkk

Hoje meu cachorro não é só um cachorro, é o “MEU CACHORRO”! Meu chamego, meu brother, companheiro... As costelas estão mais recheadas, ele cresceu um bocadinho, as piras foram embora (mesmo tendo deixado o pêlo meio ralinho), e confesso que continua um pouquinho feio, mas já melhorou bastante e é a alegria da casa.

Dentre as várias histórias vividas temos pra contar: passeio de moto (ele dentro da mochila latindo com as orelhas ao vento); Internação por infecção (eu quase morro com medo dele morrer e com medo da conta, e ele, segundo o veterinário, chorava durante horas após a minha visita); Corrida na rua (eu de moto e ele na carreira atrás), pois o objetivo é que ELE, somente ELE se exercite; corte moicano pro carnaval (mamãe quis me matar e Rayanne ria como quando assiste comédia na tv); altos penteados durante o banho... e por aí vai.

Recentemente Costelinha descobriu o amor, descobriu que tem um pinto que não serve somente pra fazer xixi. Ele ficou apaixonado pela cadela da vizinha (falo do animal e não de dona kkk), que inicialmente  era amiga, a “Pretinha”. O problema foi que ela deu pra todos da rua, menos pro bobão que chorava ao vê-la passando, e com isso ele foi em busca de um novo amor. Mês passado o fato foi consumado! Depois de dias enchendo o saco de uma cadelinha (não posso revelar o nome), ele conseguiu a proeza e descobriu que a vida é bem melhor do que antes imaginava. Um minuto de sexo rendeu uma hora de profundo estágio de entrega ao sono. Virou um galanteador! Agora vive com as meninas do bairro, xavecando... No entanto, a história muda quando a competição comum no reino animal vem à tona.

Ontem ao chegar em casa soltei o danado para dar uma voltinha, correr um pouco, fazer suas necessidades... ocorreu que 5 minutos depois ele me volta aos berros, com o rabo literalmente entre as pernas, uma mordida no focinho, outra na costela e não tinha bifinho pra cachorro (que ele ama) que fizesse o bendito se alegrar. Coitado, descobriu que amar é bom, mas que pra conseguir uma amante dói um bocado. Kkk

Faz pouco mais de um ano que essa coisinha “feia-fofa” entrou na minha vida e juro que tem sido uma das minhas maiores felicidades. Chegar em casa cansada, as vezes chateada, enfadada do trabalho, do trânsito, da vida de cão que levo, e ver ele fazendo escândalo ao ouvir o barulho da moto, pulando em cima de mim como se eu fosse a própria felicidade em pessoa na sua frente... É simplesmente mágico!!

Se pretende criar um animal o ame.

“Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele.” (Livro: Marley e Eu)


Abraços

2 comentários: